Dorival Júnior, ex-jogador do Palmeiras, sobrinho do ídolo Dudu e apresentado nesta quarta-feira como técnico do clube, quer ser lembrado apenas pelo trabalho no banco de reservas. Embora o presidente Paulo Nobre tenha exaltado sua identificação com o Verdão, além de lhe entregar a mesma camisa 5 dos tempos de volante, o novo comandante quer “esquecer” o passado para espantar o “pânico” que ronda o Palestra Itália.
Em sua primeira entrevista coletiva, Dorival ressaltou a importância de uma reação imediata da equipe no Campeonato Brasileiro. Atualmente, o Verdão é o 16º colocado e está apenas uma posição acima da zona de rebaixamento. Além disso, ele ressaltou a importância do apoio dos torcedores neste momento da temporada.
A negociação se arrastou por dois dias, mas já havia sido definido. Estávamos apenas aguardando o presidente para uma conversa mais direta. Ele me passou tudo o que está acontecendo com o Palmeiras, naturalmente queria me conhecer mais. A partir daí finalizamos. A negociação já havia sido desenvolvida e sacramentada. Agora inicio o trabalho. É um desafio que eu me sinto preparado para poder enfrentar com tranquilidade e equilíbrio tentando resgatar um bom momento da equipe para que futuramente tenhamos melhores dias.
Dorival lembrou ainda que conta com os argentinos que chegaram ao clube indicados por Ricardo Gareca e destacou sua carreira de mais de dez anos como treinador. Questionado sobre a ofensividade excessiva de Gareca, disse que também gosta de atacar, mas não antecipou um esquema tático. A estreia será domingo, contra o Atlético-PR, fora de casa. Nesta quinta, diante do Atlético-MG, pela Copa do Brasil, ele ficará em um camarote.
Dorival Júnior lembrou, no entanto, que o Palmeiras lida com um problema a mais na tentativa de reagir. Centenário, o clube paulista teria ficado traumatizado por causa das duas segundas divisões que disputou. “É natural que isso aconteça. O atleta se entrega, e o resultado não acontece. Isso acaba gerando um pânico, ainda que moderado, suficiente para desestabilizar toda uma instituição. Já convivi com isso e senti o quanto dói”, disse o treinador, que comandou Vasco e Fluminense em 2013. Os dois times acabaram entre os quatro últimos colocados do Campeonato Brasileiro daquele ano.
Fonte: Lance Net!