Depois de um começo arrasador no Campeonato Paulista, o Palmeiras dá nesta quinta-feira, a partir das 20h30, o pontapé inicial na Copa Libertadores. A equipe alviverde recebe o Real Potosí no estádio do Parque Antarctica, pela fase preliminar, e almeja uma boa vantagem para encarar, na partida de volta, os quase 4 mil metros de altitude da Bolívia.
O mata-mata desafia o novo projeto de Vanderlei Luxemburgo. Após o fracasso na reta final do último Campeonato Brasileiro, o treinador optou por uma reformulação no elenco: saíram 11 jogadores e chegaram, até o momento, oito. Ficar fora da Libertadores seria uma tragédia financeira para o clube e iniciaria uma nova crise.
A LDU, equipe campeã em 2008, faturou perto de US$ 7 milhões entre prêmios e cotas de TV, sem falar em arrecadação de bilheteria. Agora, com o dólar valorizado, a recompensa é mais atraente. Em 2005, o campeão São Paulo acumulou cerca de R$ 27 milhões no total, contabilizando as arrecadações das sete partidas que disputou em casa.
Até o novo presidente Luiz Gonzaga Belluzzo cobrou presença no torneio continental, logo após ganhar as eleições, na noite da última segunda-feira. “Não digo que seja uma obrigação passar, mas os jogadores têm que se concentrar e fazer um tremendo esforço. Para um time como o Palmeiras, não ficaria bem ser eliminado pelo Potosí.”
Luxemburgo aposta em um elenco jovem e em uma equipe rápida. São apenas dois os jogadores com mais de 30 anos no elenco – Edmílson e Marcos -, situação diferente do ano passado (Alex Mineiro, Roque Júnior e Denílson eram os ‘trintões’ do grupo, além de Marcos).
A chuva é uma das preocupações do comandante palmeirense, já que o sistema de drenagem do Palestra é deficiente. “Temos que torcer muito para não chover, para que seja um bom jogo. Se sair o primeiro gol, bom, o segundo, ótimo, e o terceiro, melhor ainda. Mas não será fácil, porque é um time que tem três Libertadores nas costas“, ponderou.
A previsão do tempo, porém, é de chuva. “Temos uma equipe leve, e se estiver chovendo prejudica bastante. Pra quem defende é bem melhor. Vamos torcer muito e rezar por um campo seco”, observou o meia-atacante Diego Souza.
Do outro lado, o Real Potosí é ambicioso e sonha em chegar pelo menos até as quartas-de-final do certame internacional. “É um jogo muito complicado, e temos que jogar com gana, atitude e concentração durante os 90 minutos“, declarou o técnico Vladimir Soria.
“É um time técnico e de qualidade. Além disso, são experientes. A base do time é a mesma das duas últimas Libertadores“, analisou o auxiliar técnico palmeirense Antônio Lopes Júnior, que viajou à Bolívia para estudar o adversário.
PALMEIRAS X REAL POTOSÍ-BOL
Data: 29/01/2009 (quinta-feira)
Horário: às 20h30 (horário de Brasília)
Transmissão na TV: Sportv
Local: estádio do Parque Antarctica, em São Paulo (SP)
Árbitro: Roberto Silvera (Uruguai/Fifa)
Auxiliares: Pablo Fandiño e Walter Rial (ambos do Uruguai e da Fifa)
PALMEIRAS
Marcos; Danilo, Edmílson e Maurício Ramos; Fabinho Capixaba (Wendel), Pierre, Cleiton Xavier, Diego Souza e Pablo Armero; Willians (Lenny) e Keirrison
Técnico: Vanderlei Luxemburgo
REAL POTOSÍ
Mauro Machado; Luis Ribeiro, Edhemir Rodríguez, Juan Carlos Paz García e Ronald Eguino; Eduardo Ortiz, Nicolás Suárez, Roberto Correa, Darwin Peña e Gonzalo Galindo; Horacio Chiorazzo
Técnico: Vladimir Soria
Via: UOL Esportes