Em reunião para pregar a paz entre torcedores no clássico entre Corinthians e Palmeiras, no próximo domingo, no Pacaembu, os presidentes dos dois clubes adotaram posturas diferentes diante do tema. Enquanto Paulo Nobre foi claro quanto ao rompimento com as organizadas, Mario Gobbi, presidente do Corinthians, teve um discurso mais ameno sobre a relação do clube com a torcida.
– O Mário e eu somos amigos, mas eu quero ganhar dele de qualquer maneira no domingo e ele quer ganhar de mim também. Isso não impede que possamos sair para comer uma pizza depois do jogo – disse Nobre.
Dentro das organizadas tem muita gente boa, que vai torcer e não tem nada a ver com meia dúzia que não sabe se comportar. Eles fazem uma festa muito bonita. E continuamos abertos ao diálogo. Não cabe ao Corinthians finalizar isso (os atos de violência das organizadas). O limite é o diálogo. Eles têm a gestão deles, nós não nos metemos lá, assim como eles não têm que interferir nos atos de gestão do clube. Podem falar, protestar, mas a diretoria do Corinthians é autônoma.
“Corinthians desde 2008 tem umarelação de diálogo. O Corinthians não subsidia nada. O radicalismo não faz bem a ninguém, porque dentro das organizadas tem gente boa, que quer torcer e não tem nada a ver com meia dúzia. Continuamos com ideia de diálogo. Só que toda vez que ultrapassar o limite, não há mais diálogo“, disse Mário Gobbi, repetindo a postura que já havia adotado nos dias seguintes ao episódio de violência que seu clube viveu.
Nobre acrescentou que o poder público é quem tem de tomar providências, e que os clubes não são os maiores culpados.
Os últimos acontecimentos nos fizeram tomar uma atitude. Não que isso resolva, mas não dá para ficar de braços cruzados e assistir cenas de vandalismo, de desrespeito ao ser humano e cidadania. Nós precisamos de pessoas cada vez mais torcedoras para o futebol, que vive do seu torcedor – afirmou Gobbi.
Fonte: Globo Esporte.