Vanderlei Luxemburgo não parece estar à vontade no comando do Palmeiras. Criticado duramente pela torcida pelo empate no primeiro jogo contra o Nacional-URU pelas quartas de final da Libertadores, o técnico foi novamente cobrado neste domingo, após o tropeço por 2 a 2 com o Barueri pelo Campeonato Brasileiro.
E, ao contrário do tradicional estilo enérgico com que acompanha os jogos, o comandante alviverde não ousou sair do banco de reservas da Arena Barueri para chacoalhar a equipe, que abriu dois gols de vantagem e cedeu o empate. E talvez não tenha sido apenas para preservar seu elegante terno da garoa que insistiu em cair durante toda a partida.
Misturando auto-valorização e modéstia, Luxemburgo defendeu sua iniciativa usando a primeira pessoa do plural. “A atuação contra o Nacional foi uma das grandes atuações que nós fizemos nos últimos tempos. Nenhum treinador no Brasil tem coragem de mudar o time com 20 e poucos minutos“, afirmou.
“Fiz isso porque o futebol é o único esporte coletivo em que você não tem tempo técnico para corrigir nada. Ninguém mexe porque está errado, e sim porque quer consertar alguma coisa que não está fluindo bem“, continuou. “Parece que essas pessoas [jornalistas] que estão trabalhando descobriram o futebol agora. Só que o futebol tem anos e anos e anos e é preciso respeitar os profissionais.”
– O futebol é muito cheio de frescura, de fofoca, onde não se pode falar nada. Não ligo para as críticas e não quero que as pessoas gostem de mim. Os mesmos que criticam agora são os que disseram que estávamos eliminados antes. Quero que as pessoas apóiem o clube, que está em processo de renovação.
Nem mesmo o fato do time não ter vencido as últimas cinco partidas disputadas na temporada preocupa o comandante palmeirense.
– Não é nada cômodo, mas não estamos jogando mal. Estamos criando uma nova forma de jogar e o time está crescendo de rendimento. Podem ter certeza de que coisas boas vão acontecer e a equipe vai dar a resposta nas próximas rodadas.
Via: GloboEsporte.com | UOL Esportes