A mudança de postura do Palmeiras após a derrota por 6 a 2 para o Mirassol, no dia 27 de março, ficou evidente com os resultados em campo. E tudo isso aconteceu por uma atitude tomada dentro do próprio elenco. Após conversa do presidente Paulo Nobre e do diretor executivo José Carlos Brunoro, os jogadores firmaram um pacto para fazer daquela partida um divisor de águas na temporada do Verdão.
Por isso, a sensação de todos é de aprovação do trabalho. “Dou nota 8 pelas três vitórias seguidas e nosso momento de progressão. Poderia até dar uma nota maior, mas não vou dar uma nota maior nem mais baixa. É uma nota de confiança para o próximo jogo”, comentou Wendel, que ouviu Tiago Real atribuir a mesma nota ao time.
O jogador falou também sobre o sofrimento de ficar tanto tempo parado. “Eu gosto muito de jogar e ficar parado foi um tédio, mas eu sabia que seria difícil. Estou começando a jogar agora e o pessoal já está em atividade há aproximadamente três meses. Estou treinando muito para chegar ao nível de atuação deles. Estes três jogos que a gente ganhou [contra Linense, Tigre e Ponte Preta] mostram que o Palmeiras vive uma nova fase”, analisou.
Antes do duelo contra o Mirassol, o Palmeiras vivia um momento complicado. Após uma boa série invicta – quatro vitórias e três empates –, o time perdeu dois jogos seguidos – Libertad e Tigre – e a qualidade do grupo foi colocada em xeque.
O grupo acredita que provou agora o que o presidente Paulo Nobre disse no dia seguinte à goleada em Mirassol. O dirigente, ao garantir a permanência do técnico Gilson Kleina, assegurou em entrevista coletiva e se endereçando aos torcedores que o elenco tem “vergonha na cara”. O termo foi usado pelos goleiros Fernando Prass e Bruno ao abordar Nobre em meio à pressão pela vexatória goleada no interior.
“Não podemos achar que já está tudo resolvido. Estamos em uma crescente e ainda há o Brasileiro para começar. Mas a cada dia o grupo se mostra um corpo bem mais montado. Já demonstramos qualidade em campo, o que diferencia é a união, o respeito à tática do treinador e, acima de tudo, a vontade. Quando há vontade, a técnica flui naturalmente”, discursou Wendel.
Fonte: Gazeta Esportiva.