O meia Valdivia não poupou de críticas à cartolagem palmeirense em entrevista coletiva na tarde desta terça-feira, na Academia de Futebol. O Mago, que é o principal jogador da equipe que luta para não ser rebaixada para a Série B, ironizou as promessas dos dois candidatos à presidência do clube de montarem uma equipe forte.
Envergonhado e preocupado com o momento vivido pelo Palmeiras na temporada, Valdivia disse que a luta contra o rebaixamento não pode ser tornar uma realidade constante da equipe, que já encarou dois rebaixamentos em sua história, em 2002 e 2012, e está ameaçado novamente. O Mago pede dedicação total da equipe na reta final do Brasileirão, mas reitera que tal campanha não merece ser enaltecida.
Jogador mais caro do elenco, e também de maior destaque, Valdivia prefere dividir o ‘fardo’ com o restante do grupo, apesar de ter ciência da cobrança que cairá sobre suas costas se o time realmente for rebaixado para a segunda divisão. O camisa 10 foi o mais responsabilizado em 2012, quando não esteve em campo nos momentos decisivos, e agora ainda carrega a faixa de capitão.
Em 36 partidas disputadas pelo Brasileirão, o camisa 10 esteve presente em apenas 16 ocasiões. Ele tentou justificar o motivo olhando para seu celular.
– Pelo o que Paulo (Nobre) e (Wlademir) Pescarmona estão falando, querem formar time forte. Mas todo ano é a mesma coisa. O papo é o mesmo, equipe forte, que dispute título, com jogadores… Não é questão de trazer Messi e Cristiano Ronaldo, mas tem de ter elenco para um jogador só não levar a responsabilidade. Concordo com tudo o que estão falando de time grande, de fazer contratações do tipo que estão falando. Mas, às vezes, não garante título. Cruzeiro contratou muito pouco e foi campeão de novo. Atlético perdeu grandes jogadores, mas tem elenco grande e de qualidade – afirmou o atleta.
– Ninguém pode colocar o dedo na minha cara e dizer que a culpa é minha. Eu faço de tudo para ficar dentro de campo. Mas parece que só o Valdivia que precisa treinar e jogar, tudo isso porque falam sempre que eu sou bem pago. Falam que meu salário é de 500 mil e às vezes falam que 600 mil. E tem gente que fala ainda que o Nobre faz um esforço e me paga 700 mil. Peço para vocês investigarem quanto eu ganho. Não chega nem a 400 mil. Essa questão de você é bem pago e precisa jogar – afirmou o atleta, que completou:
Com 39 pontos, o Palmeiras está a um da zona de rebaixamento e precisa vencer a partida para não depender de combinação de resultados e cair para a Série B pela terceira vez em 12 anos.
Fonte: Globo Esporte.